Intoxicação experimental por Pseudocalymma elegans (Vell.) Kuhlm. em bovinos

Carlos Hubinger Tokarnia, Jürgen Döbereiner, Camillo F.C. Canella, Delphos J. Guimarães

Resumo


Foram efetuados estudos para obter dados adicionais sobre a intoxicação em bovinos por Pseudocalymma elegans (Vell.) Kuhlm., planta conhecida, na região onde ocorre, simplesmente como "a erva". Através de experimentos foi verificado que as folhas jovens (brotos roxos e verdes) de P. elegans são mais tóxicas que as folhas maduras. Para os brotos roxos a dose letal foi ao redor de 0,8 g/kg. A toxidez das folhas maduras variou de 2,5 a 10 g/kg. Foi verificado que a planta secada em estufa também é tóxica. A experimentação ainda mostrou que a planta possui pequeno efeito acumulativo. O início do aparecimento dos sintomas após a administração da planta fresca variou de 12 horas e 20 minutos a 41 horas, e a duração dos sintomas em caso de morte variou de poucos minutos até 5 horas e 20 minutos, em um único caso 44 horas. Os sintomas mais importantes foram tremores musculares generalizados, instabilidade e queda do animal, em parte dos casos morte em poucos minutos. Os achados de necrópsia foram praticamente negativos. Os exames histopatológicos revelam somente alterações leves e não constantes. Estas consistem em degeneração vacuolar das células epiteliais de túbulos uriníferos contornados distais, vacuolização difusa do parênquima hepático, pequenas áreas de degeneração vacuolar com degeneração hialina incipiente e pequenos infiltrados linfo-histiocitários no miocárdio, congestão e edema das meninges.


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