Estudo de épocas de início de irrigação com cinco variedades de arroz (Oryza sativa L.), na Baixada Fluminense

Evandro Ferraz Duarte

Resumo


No presente trabalho são relatados os resultados de um experimento realizado na Baixada Fluminense, com o objetivo de verificar o comportamento de cinco variedades de arroz ("Amarelão", "De Abril", "Honduras", "7-V-8" e "H-12-V-13") diante das seguintes épocas de inicio da prática irrigatória: logo depois da germinação e a 10, 20, 30 e 40 dias após a emergência das plantas. O sistema de irrigação empregado foi o de inundação ou submersão do solo, na modalidade contínua ou permanente. Nos primeiros quatro anos de trabalho (60/1, 61/2, 62/3, 63/4), as épocas estudadas apresentaram diferenças estatisticamente significativas colocando-se em primeiro lugar o grupo formado pelas 1.a, 3.a e 4.a épocas e, em segundo, as restantes, não diferindo entre si as pertencentes a cada grupo. Nos dois últimos anos (64/5 e 65/6), não foram registradas diferenças significativas entre os tratamentos. A interação variedades x tratamentos mostrou-se significativa, indicando que a variedade "Amarelão" forneceu produções médias mais elevadas quando a prática irrigatória teve início aos 20 e 30 dias depois da germinação; e a variedade "Honduras" comportou-se melhor diante cio 3.° tratamento. Já a variedade “De Abril" forneceu rendimentos mais altos frente ao 1.° e 4.° tratamentos. Finalmente, as últimas variedades ("H-12-V-13" e "7-V-8") apresentaram melhores produções, em números absolutos, quando a irrigação foi iniciada, somente, 40 dias após a germinação. Entre variedades, a análise estatística revelou também diferenças altamente significativas. Em primeiro lugar colocou-se a "De Abril", com produção média, nos 4 anos iniciais, de 5.816 kg/ha, e nos dois últimos, de 3.855 kg/ha. As demais apresentaram rendimentos bastante inferiores. Os dois primeiros tratamentos propiciaram um eficiente controle sobre as ervas daninhas, dispensando mesmo as habituais capinas. Nos outros três, tal não aconteceu, e o referido trato cultural se fez necessário pelo menos uma vez. Nestes últimos, contudo, a economia de água decorrente do menor consumo hídrico e dos demais dispêndios indispensáveis à mobilização da água, foi suficiente para superar a, vantagem, aparentemente atribuída aos dois primeiros, pela redução de despesas com as capinas.


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