Efeito do boro, molibdênio e zinco quando aplicados ao revestimento da semente na fixação simbiótica do nitrogênio atmosférico da soja (Glycine max (L.) Merril)

Resumo

Foram executados dois experimentos em casa de vegetação, sendo que no primeiro foram estudados diferentes revestimentos de sementes de soja, com carbonato de cálcio, fosforita e fosfato de cálcio. Além dos três tratamentos foram introduzidos três outros, sendo o primeiro de revestimento da semente com fosfato de cálcio recebendo o solo boro, molibdênio e magnésio; o segundo, o solo além dos micronutrientes já citados, recebeu também calagem com carbonato de cálcio; e o terceiro, testemunha (sem revestimento). Todos os tratamentos competiram com e sem inoculação. No segundo experimento, estudaram-se os seguintes revestimentos: com carbonato de cálcio, com fosforita e um terceiro com 50% de fosforita mais 50% de calcário dolomítico. Cada um dos revestimentos foi combinado com boro, molibdênio e zinco num fatorial de 2³. Ambos os experimentos foram executados em dois solos, um "Cray" Hidromórfico da Série Ecologia e outro Podzólico Vermelho Amarelo da Série Itaguaí, representativos da área do Instituto de Pesquisas e Experimentação Agropecuárias do Centro-Sul (IPEACS). Em linhas gerais, o presente trabalho revelou eficiência dos tratamentos de revestimento de semente para nodulação e fixação simbiótica do nitrogênio atmosférico. Os tratamentos de revestimento da semente reagiram com a inoculação. O melhor revestimento foi o de fosforita para nodulação, peso seco dos nódulos e peso seco de 100 nódulos e também para o desenvolvimento da planta (peso seco) e nitrogênio total fixado. O revestimento da semente com carbonato de cálcio apresentou maior teor de nitrogênio fixado na planta N%). O solo da Série Ecologia foi o que revelou maiores reações para os diferentes objetivos pesquisados. O molibdênio, quando aplicado nos diferentes revestimentos, foi altamente eficiente para a fixação simbiótica do N na planta o quando aplicado junto à fosforita mostrou, também, eficiência para o desenvolvimento da planta.