Subidios à caracterização de solos carentes em P e K para o milho na região fisiográfiaca do Nordeste do Brasil
Resumo
Foi realizado um estudo de calibração de análise de solo com as respostas da cultura do milho aos fertilizantes fosfatados e potássicos em experimentos de campo, correlacionando-se produções relativas de treze experimentos, instalados em diversas áreas fisiográficas do Nordeste, versus análise química de solo utilizando-se o método de extração e determinação da Universidade Estadual de Carolina do Norte. O objetivo da pesquisa foi o de desenvolver um método rápido de interpretação de análise de solo para as "condições de solo clima-planta do Nordeste", que possibilitasse chegar até às causas que afetam a fertilidade química do solo, limitando a produtividade agrícola, corrigindo-as. A análise estatística do estudo da relação entre o fósforo extraível e o potássio trocável do solo e as produções relativas de milho no tratamento sem fósforo e potássio, respectivamente, ofereceu subsídios para que a análise química dêstes elementos possa ser melhor utilizada como uma boa medida de suas disponibilidades no solo; além de permitir no futuro, através de interpretações de análises químicas de amostragens contínuas de solos nordestinos, a caracterização e mapeamento de áreas deficientes em fósforo e potássio. A pesquisa estabeleceu os níveis críticos 10,5 ppm para o fósforo extraível, e de 45,0 ppm para o potássio trocável do solo. Baseadas nestes "níveis críticos", estabeleceram-se ainda as seguintes sugestões para interpretação dos valores analíticos estudados: 1. Para solos com teores compreendidos entre os limites de 0 a 10,5 ppm de P, baixa fertilidade de fósforo e elevada probabilidade de resposta à fertilização fosfatada, com estimativa média de aumento de produtividade em tôrno de 47%; 2. Para solos com teores acima de 10,5 ppm de P, médio-alta fertilidade do solo em fósforo e baixa probabilidade de resposta à fertilização fosfatada; 3. Para solos com teores compreendidos entre os limites de 0 a 45 ppm de K, baixa fertilidade do solo em potássio e alta probabilidade de resposta à adubação potássica; 4. Para solos com teores acima de 45 ppm de K, alta fertilidade do solo em potássio e baixa probabilidade de resposta à adubação potássica.
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