Toxidez de manganês de um solo ácido na simbiose soja – Rhizobium

Avílio Antonio Franco, Johanna Döbereiner

Resumo


Foram feitos dois experimentos em casa de vegetação para se estudar, num solo que apresenta toxidez de manganês, o desenvolvimento da soja (Glycine max (L.) Merril) e a fixação de nitrogênio atmosférico através da simbiose com Rhizobium japonicum (Kirchner) Buchanan. Os resultados obtidos demonstraram elevada toxidez no solo usado. A diluição do solo com areia aumentou de 4 a 6 vezes e a calagem de 2 a 3 vezes o nitrogênio fixado e o desenvolvimento das plantas. Número, peso e tamanho dos nódulos foram mais ainda afetados pela toxidez de manganês. Observou-se que a absorção do manganês, dependia, além do pH e da diluição do solo, ainda de outros fatores não controlados. A nodulação e fixação de nitrogênio foram mais sensíveis à toxidez de manganês do que o desenvolvimento das plantas. A simbiose da variedade Abura foi mais sensível que a da variedade Pelicano e a calagem ainda aumentou esta diferença. Nestes tratamentos a variedade Abura absorveu mais manganês que a variedade Pelicano enquanto o contrário foi observado no solo sem calagem. A estirpe de Rhizobium também afetou a absorção de manganês. Devido ao verificado sugere-se seja o manganês em excesso no solo um fator a ser considerado ao se fazer a calagem para o plantio da soja.


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