Estudo das reações a micronutrientes em latossolo vermelho-escuro sob vegetação de cerrado

Dirce P. P. de Souza Britto, Abeilard Fernando de Castro, Waldemar Mendes, Alcy Jaccoud, Doracy Pessoa Ramos, Francisco Ademar Costa

Resumo


O presente trabalho reune resultados alcançados em experimentos de adubação NPK, associada ou não a micronutrientes Cu, Zn, Mo, Mn e B, com aplicação do calcário e com presença e ausência de Mg, em solos sob vegetação de cerrado. O solo utilizado foi o Latossolo Vermelho-escuro, localizado no Colégio Agrícola de Brasília (Planaltina) e as culturas testadoras foram milho, soja e algodão. Para todas as culturas, o delineamento foi o mesmo: blocos ao acaso com nove tratamentos e seis repetições, sendo que em três das seis repetições o magnésio foi confundido com a fertilidade do solo entre bloco, a fim de se estudar também sua eficiência nesse tipo de solo. Nas culturas do milho e algodão, o tratamento de mais alta produção foi o NPK + B + Mo + Mn + Zn, e na da soja, praticamente o mesmo, isto porque o nitrogênio não tomou parte nas formulações estudadas, devido a terem sido inoculadas as sementes. Em todos os trabalhos constatou-se que a adubação preponderante é a de macronutriente associada a Zn, pois foram as formulações de produções mais elevadas, e, ainda, que a combinação completa, porém, com a substituição do Zn pelo Cu, forneceu em todas as culturas produção mais baixa. Com o milho, o fato citado foi estatisticamente comprovado. Com relação ao Mg, em nenhum dos trabalhos foi comprovada sua eficiência no solo estudado e observou-se que sua presença contribuiu para baixar a produção nas culturas do milho e soja. As quantidades de macronutrientes foram de 60 kg de N, 100 kg de P2O5 60 kg de K2O, por hectare. Quanto aos micronutrientes, foram usados 20 kg/ha de sulfato de zinco, 20 kg/ha de sulfato de cobre, 30 kg/ha de sulfato de manganês, 10 kg/ha de borax e 1 kg/ha de molibdato de amônio. Nos tratamentos com magnésio, usou-se o sulfato de magnésio na base de 50 kg/ha. A correção da acidez foi feita com 2 t/ha de calcário calcítico + 2 t/ha de hidróxido de cálcio (cal extinta). Com os resultados alcançados nestes experimentos foi realizado um segundo experimento com a cultura do milho, cujos tratamentos foram obtidos combinando-se duas dosagens completas de NPK (N1P1K1 e N2P2K2), com quatro doses de Zn (0 - 10 - 20 - 30 kg/ha de sulfato de zinco). O trabalho mostrou a eficiência da fórmula N2P2K2 (90 kg de N, 150 kg de P2O5 e 120 kg de K2O por ha) aumentando de 174% a produção relativamente a N1P1K1, e ainda a dose Zn (10 kg/ha de sulfato de zinco) associada a N2P2K2 como a mais recomendada. É de se notar que neste experimento os níveis N2P2K2 não foram os mesmos dos primeiros trabalhos, e a dose de Zn indicada correspondeu à metade da aplicada naqueles experimentos.


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