Sobrevivência de Rhizobium em solos de baixada sujeitos a inundação

Helvécio De-Polli, Avilio A. Franco, Johanna Dobereiner

Resumo


Foram feitos dois experimentos em potes para estudar o efeito do excesso de umidade na sobrevivência de Rhizobium nativo e inoculado no solo e a consequente nodulação e fixação de nitrogênio pela Centrosema pubescens Benth. e pela soja (Glycine max (L.) Merril), cultivar Santa Maria. No primeiro experimento incluíram-se dois solos de baixada, três níveis de umidade (capacidade de campo, encharcado ao nível do solo e inundado com camada de água de 5 cm) durante quatro períodos. A Centrosema foi plantada no solo drenado, após cada período de umidade. O número de nódulos foi menor após os tratamentos inundado ou encharcado indicando efeito na sobrevivência do Rhizobium. No solo Seropédica a nodulação e o desenvolvimento vegetativo decresceram com o prolongamento do período de umidade, enquanto no solo Piranema cresceu até 25 dias após a inundação e decresceu depois. No solo Seropédica, as estirpes de Rhizobium inoculadas, que foram identificadas pelos nódulos pretos por elas produzidos, foram mais sensíveis aos efeitos da umidade que o Rhizobium nativo do solo. No segundo experimento compararam-se a nodulação e a fixação de N2 de um cultivar de soja forrageira tolerante ao encharcamento em três níveis de umidade (75, 100 e 125% da capacidade de campo) nos mesmos solos de baixada. Não se encontraram diferenças significativas para os diferentes níveis de umidade. No solo Seropédica a inoculação com Rhizobium foi tão eficiente como a adubação com 240 kg de N/ha. Com os resultados obtidos nos dois experimentos concluiu-se que, em solos sujeitos a inundação, a inoculação das sementes de leguminosas torna-se mais importante ainda do que em solos normais.


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