Fatores a serem considerados na interpretação de valores analíticos de fósforo inorgânico no soro sanguíneo de bovinos
Resumo
Foi estudada a influência da temperatura e do intervalo de tempo de separação do soro após a coleta do sangue, a influência da temperatura e do tempo na conservação do soro e a influência da hemólise sobre o valor real de fósforo inorgânico no soro sanguíneo de bovinos. Através de dosagens desse elemento também no plasma e sangue total foram comparados os valores dessas análises com os encontrados no soro. Os valores de fósforo inorgânico aumentaram significativamente quando o soro era separado depois de ter o sangue permanecido em temperatura ambiente por mais de três horas; não houve diferença significativa quando o soro era separado após o sangue ter sido mantido refrigerado até 24 horas. O teor de fósforo não sofreu influência substancial quando o soro era estocado, até 7 dias, em geladeira ou congelador, ou em temperatura ambiente com uma gota de formol p.a. para 3 ml de soro. Hemólise leve ou moderada não interferiu no teor de fósforo inorgânico do soro, quando este foi separado até 24 horas após a coleta do sangue. O tempo de estocagem do até 7 dias não influenciou o teor de fósforo no soro com hemólise leve ou moderada, tanto no mantido em geladeira ou em temperatura ambiente com uma gota de formol p.a. para 3 ml de soro. O soro com grau de hemólise acentuada apresentou níveis de fósforo significativamente mais elevados que os demais. O soro apresentou um teor de fósforo inorgânico significativamente mais alto do que o plasma ou sangue total, sendo as equações de regressão, respectivamente, Y (fósforo no plasma) ═ -0,440 + 0,907 X (fósforo no soro) e Y (fósforo no soro) ═ 1.38 + 1.07 X (fósforo no sague total).
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