Intoxicação experimental em bovinos pelos frutos de Solanum aculeatissimum

Carlos Hubinger Tokarnia, Camillo F.C. Canella, Jürgen Döbereiner

Resumo


Foram realizados 41 experimentos com os frutos amarelos maduros e os imaturos verdes de Solanum aculeatissimum Jacq., administrados por via oral a bovinos jovens desmamados com aproximadamente um ano de idade. As quantidades administradas variaram de 4,0 a 14,2 g/kg para o fruto amarelo, e de 2,1 a 16,2 g/kg para o fruto verde. A toxidez dos frutos variou bastante. As menores doses que causaram sintomas de intoxicação foram 4,0 g/kg para os frutos amarelos e 4,9 g/kg para os frutos verdes; as maiores doses que não causaram sintomas de intoxicação foram 10 e 13,3 g/kg, respectivamente. Os três bovinos que morreram tinham ingerido 7,5, 8,7 e 10,0 g/kg, todos do fruto amarelo. Os sintomas de intoxicação foram os mesmos para os frutos amarelos e verdes. Consistiram em edemas labial, sublingual e submaxilar, respiração ruidosa, inquietação e timpanismo. Todos esses Sintomas apareceram rapidamente, às vezes já durante a administração dos frutos, e desapareceram dentro de horas. Os achados de necrópsia foram, além dos edemas vistos no animal vivo, ainda edema da glote, no esôfago e nos proventrículos ao redor do sulco esofagiano. Os exames histopatológicos não revelaram outras lesões. Os históricos colhidos e observações próprias indicam que os bovinos não ingerem os frutos de S. aculeatissimum espontaneamente, de maneira, que eles, sob condições naturais não devem causar intoxicação nesta espécie animal.


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