Estudo de vinhos pela cromatografia em camada delgada

Amaro Henrique de Souza

Resumo


Para dirimir uma questão de direito ao uso da denominação "verde" em seus vinhos, suscitada por uma firma de Caxias do Sul, o autor reproduziu parte da legislação portuguesa sobre os vinhos verdes, próprios e característicos da região agrícola demarcada do Minho. Através dum método cromatográfico em camada delgada, estabelecido e estudado pelo autor, empregando a "Sílica gel'G" (Merck) como adsorvente e butanol-água-ácido fórmico (20:20:2,17), como solvente móvel, encerrando verde-bromo-cresol como indicador, foram cromatografados vinhos portugueses brancos e tintos, verdes e maduros, e vinhos nacionais (Caxias do Sul, S. Roque e Andradas). Do estudo comparativo, visando à natureza dos ácidos orgânicos fixos, constatou o autor que os efeitos da fermentação maloláctica foram normais na maioria dos vinhos portugueses e nacionais ensaiados, não se verificando, porém, esse efeito (degradação de ácido málico em ácido láctico) num verde branco português, certamente por excesso de SO2, que inibe a fermentação maloláctica, de primordial importância na elaboração dos vinhos, dando-lhes finura e suavidade. Dada a singeleza do método cromatográfico estudado, podendo ser executado em qualquer laboratório, verifica-se, através do mesmo, com facilidade e rapidez, o processamento da fermentação maloláctica nos vinhos, durante sua elaboração nas cantinas.


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