Efeitos dos sistemas de irrigação por inundação contínua e sob a forma de umedecimentos do solo até a saturação, sobre cultivares de arroz (Oryza sativa), na Baixada Fluminense

Evandro Ferraz Duarte, Dirce P.P. de Souza Britto, Carlos Alberto Meneguelli

Resumo


Em solo hidromórfico da série "Guandu", no Município de Itaguaí, Estado do Rio de Janeiro, foi conduzida uma investigação, com o objetivo de verificar o comportamento de doze cultivares de arroz (Amarelão 33-3, De Abril, Dourado Precoce, Híbrido, H-12-V-13, IAC-435, IAMG-1, Iguape Agulha, Reg. IPEACS 1322, R.D. Aromatic, 7-V-8 e 7-V-10), quando submetidas a dois sistemas de irrigação: o tradicional, por inundação contínua, e outro, em que o solo era abundantemente umedecido até a saturação. O esquema experimental usado foi o de parcelas subdivididas a partir de blocos ao acaso, com quatro repetições, revelando, as análises isoladas de cada ano e a conjunta dos três anos, uma diferença altamente significativa entre as modalidades de irrigação. A irrigação por inundação contínua forneceu um aumento de 187% na produção, que foi de 2.385 kg/ha contra apenas 831 kg/ha do sistema de umedecimentos periódicos. Todas as cultivares apresentaram maiores produções no sistema de irrigação por inundação contínua, sendo a De Abril, independentemente de sistema de irrigação, a que forneceu maior rendimento, com uma produção média, nos três anos, de 3.222 kg/ha. Apenas esta cultivar compensou plenamente o uso da irrigação por inundação contínua, deixando um lucro médio, para o rizicultor, de Cr$ 371,84 por hectare. Com o emprego do sistema de umedecimentos periódicos, obteve-se uma economia média de água de 98,5%, o que equivale a um lucro de Cr$ 454,16 por hectare.


Palavras-chave


Engenharia agrária

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