Espécies de pulgões observadas em trigo no Rio Grande do Sul em 1971, seu combate e suas diferentes influências sobre a produção

Licelma Martins Fehn

Resumo


Uma experimentação de campo foi realizada com trigo no ano de 1971, em Pelotas e Passo Fundo (RS), utilizando inseticidas sistêmicos granulados, em emulsão e em solução e inseticidas de contato seletivo aficida aplicados nas partes verdes das plantas por ocasião do aparecimento de pulgões, com a finalidade de verificar a duração do efeito tóxico dos mesmos em relação a essas pragas e a conseqüência do ataque destas à cultura. Esses estudos demonstraram que espalhar inseticida granulado sistémico nas partes verdes do trigo confere à planta efeito protetor não tão imediato, mas mais duradouro do que o efeito do seletivo aficida, que é mais eficiente nas primeiras 24 horas após a sua aplicação. A produção obtida permitiu avaliar, na experimentação em Pelotas, uma quebra de produção de 19,6% devida ao ataque dos pulgões e, na experimentação realizada em Passo Fundo, onde o ataque dos citados pulgões foi muito mais intenso, uma quebra de 31,5%. Foi registrada a presença em trigo do tradicional pulgão verde do trigo Schizaphis graminum (Rondani) ou Toxoptera graminum Rondani (Homoptera-Aphididae) e das espécies Metopolophium dirhodum (Walker), já constatada em 1968 (Fehn 1970), e Macrosiphum (Sitobion) avenae F., a qual não havia sido observada em anos anteriores em trigais do Rio Grande do Sul. À base dos dados colhidos e interpretados e considerando que as espécies de pulgões não se verificam tão intensamente todos os anos, chegou-se à conclusão de que não são necessárias medidas profiláticas, mas sim de combate propriamente dito.


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