Avaliação de cultivares de feijão para resistência à seca baseada em dias de estresse de água no solo

Pedro Marques da Silveira, Cleber Morais Guimarães, Luis Fernando Stone, João Kluthcouski

Resumo


Foi realizado um estudo visando avaliar cultivares de feijão (Phaseolus vulgaris L.) dos grupos preto e mulatinho, para resistência à seca, com base em dias de estresse de água no solo. Os ensaios de rendimento foram instalados em seis datas de plantio, usando oito cultivares do grupo preto: P-730, GO-3836, Iguaçu, Rio Tibagi, P-729, Rico 23, Tambó, Cuva 168-N; e seis cultivares do grupo mulatinho: Mulatinho Paulista, Favinha, Vila Nova, IPA-7419, Mulatinho Vagem Roxa e Mulatinho Irecê, em delineamento de blocos ao acaso. Os dias de estresse de água no solo foram medidos através de um balanço hídrico, feito para cada uma das cultivares em cada plantio, por meio de um modelo computacional. Como dias de estresse hídrico consideraram-se os dias em que a água disponível no solo estava abaixo de 25% da capacidade de armazenamento até 1 m de profundidade. Realizaram-se estudos de regressão linear simples entre produção e número de dias de estresse de água no solo, durante a floração, nos seis ensaios e comparou-se a produtividade de cada cultivar com a média geral do grupo. A produção de grãos diminuiu a medida que o número de dias de estresse de água no solo aumentou, nas cultivares dos grupos preto e mulatinho, e a média geral de produção das cultivares do grupo mulatinho foi maior que a do grupo preto, quando houve estresse de água no solo. Dentro do grupo preto, a cultivar mais estável foi a ‘P-730', e a de maior produção foi a 'Rio Tibagi', com 24,15% a mais que a média geral do grupo, quando se consideraram os graus zero, cinco, dez e quinze dias de estresse de água no solo. No grupo mulatinho, a mais estável foi a 'Favinha', e a 'IPA-7419' foi a de maior produção, com 13,61% a mais que a média geral do grupo, nos mesmos graus de estresse considerados. A grande vantagem desta técnica de avaliar resistência à seca, com base em dias de estresse hídrico no solo, é que ela permite comparar, diretamente, rendimento em cultivares com diferentes datas de floração, as quais podem estar sujeitas a diferentes graus de estresse de água no solo.


Palavras-chave


modelo computacional; floração; balanço hídrico; feijão

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