“Cara inchada” (doença peridentária) em bezerros mantidos em pastos de Panicum maximum

Jürgen Döbereiner, Ivan Valadão Rosa, Ademir A. Lazzari

Resumo


Um lote de seis bezerros mestiços zebu com 4 a 5 meses de idade e outro de oito bezerros Nelore com aproximadamente 1 ano de idade, todos afetados por lesões peridentárias da "cara inchada", foram mantidos, durante 5 e 7 meses respectivamente, em pastos de capim-colonião (Panicum maximum Jacq.) limpos de outros vegetais de baixo porte, em duas fazendas de ocorrência da doença na região de Rondonópolis, Mato Grosso. Através de dois ou três reexames, após 2 a 6 meses, verificou-se persistência e agravamento das lesões peridentárias em quase todos os animais. Num desses pastos "limpos" também foram introduzidas 67 vacas com bezerros de 3 semanas de idade, posteriormente examinados para verificação da incidência de lesões da "cara inchada" até terem alcançado 9 meses de idade. Observou-se incidência de lesões peridentárias em 52,2% destes bezerros. Concluiu-se que o fator alimentar responsável pela ocorrência da "cara inchada" dos bovinos existe em pastos formados exclusivamente de P. maximum em fazendas positivas para a doença.


Palavras-chave


Cara inchada; doença peridentária; peridentite; bovinos; bezerros; <i> Panicum maximum</i>; capim-colonião

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