Efeitos da vinhaça sobre o pH do solo, a germinação e o acúmulo de potássio em milho

Gabriel A. Santos, Roberto O. P. Rossiello, Manlio S. Fernandes, Paulo C. O’Grady

Resumo


Foi estudado, neste trabalho, o efeito da aplicação de doses crescentes de vinhaça sobre o pH do solo, a germinação do milho (Zea mays L.) e a resposta desta cultura à elevação do teor de sais da solução do solo. O experimento foi realizado em potes, em casa de vegetação, sendo utilizadas doses de vinhaça equivalentes a 0, 50, 100, 200, 400, 800 e 1.600 m/ha. Sobre a germinação do milho, avaliada através da emergência de plântulas, o efeito fez-se sentir ao nível de 800 m3/ha, onde foi de 50% o decréscimo da taxa de germinação, queda que aumentou para 65% na dose equivalente a 1.600 m3/ha. O pH tende a elevar-se com a aplicação de doses crescentes de vinhaça. Foram observados incrementos de até 0,99 unidades de pH. O peso de raízes e parte aérea aumenta com aplicação de doses crescentes de vinhaça, alcançado um máximo na dose correspondente a 800 m3/ha. Para o tratamento correspondente a 1.600 m3/ha, foi observado o mínimo peso total e o mínimo de acúmulo de matéria seca. Um aumento observado na suculência da parte aérea das plantas correlaciona-se positivamente com a percentagem de K nos tecidos (r = 0,80). A variação da condutividade elétrica do extrato de saturação foi de 0,31 mmhos/cm para a dose de 50 m3/ha, até 7,95 mmhos/cm para a dose mais elevada. O aumento da percentagem de K nos tecidos e a variação da condutividade elétrica no extrato de saturação indicam que o aumento da suculência é uma resposta das plantas ao aumento dos teores de sais na solução do solo, causado pela aplicação de elevadas doses de vinhaça rica em potássio.


Palavras-chave


vinhaça; milho; pH do solo; taxa de germinação; acumulação de potássio

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