Eficiência de inoculantes comerciais de estirpes nativas de Rhizobium para seis leguminosas forrageiras em um solo de cerrado
Resumo
Experimento de campo num solo virgem de cerrado, em Brasília, DF, com as leguminosas: Centrosema pubescens, Styloanthes cupitata, Macroptilium atropurpureum, Galactia striata e Calopogonium mucunoides, com o fim de estudar a eficiência de inoculantes comerciais e de estirpes nativas de Rhizobium. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso, com quatro repetições, utilizando-se um fatorial completo de 3 x 6. Os tratamentos foram: a) testemunha, b) inoculação, e c) inoculação + 75 kg/ha de N. Não foi feita calagem do solo, mas foi incluído um tratamento adicional de 1 t/ha de calcário, em duas leguminosas. A inoculação nas leguminosas estudadas não produziu efeito benéfico, exceto na Centrosema pubescens, na qual elevou a nodulação, o N total e a produção de massa seca, em relação à testemunha. O tratamento com adubação nitrogenada obteve os melhores resultados em Centrosema pubescens, Macroptilium atropurpureum, Calopogonium macunoides e Galactia striata, indicando que a simbiose foi pouco efetiva nessas espécies. No baixo nível de fertilização usado no experimento, a simbiose com as estirpes nativas foi suficiente para suprir todo o nitrogénio necessário à Stylosanthes capitata e à S. bracteata. A adição de calcário aumentou a nodulação, o N total e a produção de forragem da Centrosema pubercens e do Stylosanthes capitata. Os resultados indicam que os inoculantes comerciais testados não foram eficientes para as espécies estudadas. O nível de atividade da nitrogenase nas parcelas que não receberam inoculação indicou a presença no solo de uma microflora autóctone com habilidade de fixar N2. A seleção de estirpes de Rhizobium dentro desta população nativa apresenta-se como um método promissor para a obtenção de inoculantes mais adequados para a região dos cerrados.
Palavras-chave
leguminosas forrageiras; inoculação; Rhizobium; estirpes nativas; cerrado
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