Estrutura genética de um rebanho de suínos Landrace. I. População de pedigree do Estado de Santa Catarina

Walter H. Saralegui, Renato Irgang, Jerónimo A. Fávero

Resumo


A estrutura e a história genética da raça de suínos Landrace de pedigree no Estado de Santa Catarina, Brasil, foram analisadas pelo método de amostragem dos pedigrees. (I) O desenvolvimento da raça desde 1958 originou-se de animais importados de países europeus e do Canadá. O número de rebanhos passou de quatro em 1958 para 126 em 1977, enquanto o número anual de registros expedidos variou de 40 para 15.677. Somente um rebanho (0,34%) permaneceu os 20 anos em atividade, e 262 (51,02%) o fizeram até dois anos. (II) Os rebanhos que mais se destacaram pela sua contribuição genética à raça foram o grupo de animais IMPORTADOS, além dos animais das granjas SADIA, PAPCNPSA e BAGDÁ. Pela contribuição progressiva nas gerações mais recentes, destacaram-se também as granjas IDEAL e VIVAN. Em conjunto, esses seis rebanhos contribuíram com 84,5% dos genes para a população Landrace catarinense de 1977. (III) O animal com maior relacionamento com a raça foi o macho importado PBB 4523, nascido em 1966, que apresentou um relacionamento direto de 8,50% e 2,91% para as amostras de 1968 e 1977, respectivamente. (IV) O grau de consanguinidade foi calculado com base no ano de 1958. A consanguinidade total em 1977 foi de 1,09% e compreende 0,48% de consanguinidade corrente e 0,61% de consanguinidade não corrente. (V) O intervalo efetivo entre gerações calculado foi de 25,2 meses. Na amostra de 1977, 65% dos animais eram descendentes de pais mais idosos do que dois anos, enquanto 59% correspondem a mães da mesma idade. (VI) A reposição média de machos do próprio plantel foi de 20,4%, variando de 24,4% a 31,6% no estrato de granjas Elite, e de 12,6% nas granjas de multiplicadores.


Palavras-chave


estrutura racial; rebanhos de pedigree; consanguinidade; intervalo entre gerações

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