Retenção e lixiviamento de cobre e de zinco, influenciados pela fonte nutriente, em dois solos de “ tabuleiro”

José Pereira Leite, Earl O. Skogley

Resumo


Foram estudados 2 solos de "tabuleiro" de Pernambuco: um Podzólico Vermelho-Amarelo e outro Podzol Hidromórfico muito arenoso, ambos altamente lixiviados e extremamente inférteis; a capacidade de retenção e o grau de lixiviamento do cobre e do zinco, nas profundidades de 0-20 e 20-40 cm, usando-se como fontes de suprimento desses microelementos CuSO4 5H2O, ZnSO4, 7H2O, resina saturada em Cu e Zn e Cu (Zn) - EDTA, com ou sem adição de 5% de turfa. Foi incluído no experimento, para fins de comparação, um solo de baixa fertilidade coletado a 0-20 cm em Western Montana, U.S.A. Os tratamentos incluíram amostras dos solos integrais e das respectivas frações minerais (removida a M.O.), a adição dos nutrientes em doses de 10 e 20 ppm, o lixiviamento intensivo durante 6 semanas e a coleta semanal de extratos de solos, que foram analisados por absorção atômica para determinação do teor de cobre e de zinco. Os resultados obtidos mostraram que nos dois solos brasileiros a retenção de cobre e de zinco esteve diretamente relacionada com o teor de M.O. na amostra; assim, a retenção foi maior na camada superficial, mais rica em M.O. do que a de 20-40 cm, e 30 vezes maior na fração de M.O. do que no solo integral de 0-20 cm de profundidade; esses dois solos retiveram mais zinco do que cobre, e no solo vermelho-amarelo Podzólico a retenção dos dois elementos foi maior do que no solo Podzol Hydromórfico. O solo de Montana reteve mais cobre do que zinco e apresentou maior retenção de cobre do que os solos brasileiros, mas a retenção de zinco foi equivalente. Os sulfatos apresentaram menor lixiviamento do que as outras formas de adição desses nutrientes, indicando que a forma de sal é a mais eficiente para combater a deficiência desses elementos nos solos estudados.


Palavras-chave


lixiviação de nutrientes; micronutrientes nos solos de tabuleiros

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