Efeito da densidade de plantio sobre a evapotranspiração do milho irrigado na época da seca, em cerrado do Distrito Federal

Waldo Espinoza

Resumo


Durante a época seca de 1977, foi conduzido num Latossolo Vermelho-Escuro (LVE), um estudo visando a avaliar as perdas de água por evapotranspiração (ET) de uma cultura de milho (híbrido C-111 X), em quatro densidades de plantio: 20.000 (D1), 40.000 (D2), 60.000 (D3), 80.000 (D4) plantas/ha. O estudo indica que até os 70 dias, todos os tratamentos, exceto o de 20.000 plantas/ha, apresentaram uma evapotranspiração similar, e que, após este período, a evapotranspiração atingiu sua máxima diferenciação, sendo que, aos 80-90 dias, a ET foi de 7,61, 6,84, 5,57 e 5,32 mm/dia para os tratamentos de 80.000, 60.000, 40.000 e 20.000 plantas/ha, respectivamente. A diferença na ET foi explicada pela estreita associação entre a evapotranspiração (ET) e o índice de área foliar (IAF), sendo que ET = 12,64 + 0,04 IAF (r = 0,99). Quanto aos coeficientes da cultura, Kc, o estudo demonstrou que os valores médios desde os 59 até os 119 dias após a emergência foram de 0,60, 0,81, 0,93 e 1,06 para as densidades de plantio D1, D2, D3 e D4, respectivamente. A ET acumulada resultante foi de 369,28, 399,88, 443,79 e 513,09 mm para as densidades D1, D2, D3 e D4 respectivamente, sendo que a média da ET diária para todo o período foi de 2,64, 2,86, 3,17 e 366 mm/dia para as referidas densidades, respectivamente. O maior consumo de água, nas densidades mais elevadas, não foi correspondido pelo aumento de rendimento. Finalmente, conclui-se que a água evapotranspirada por cada planta foi de 180, 104, 77 e 64 litros de água para as densidades D1, D2, D3 e D4, respectivamente.

Palavras-chave


milho; cerrados; evapotranspiração; densidade de plantio; solo LVE; economia de água

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