Tratamento de fasciolose crônica em bovinos

Flavio A. Echevarria, Alfredo C. Pinheiro, Francisco Alves Branco

Resumo


Estudou-se o efeito do tratamento da fasciolose crônica em vacas das raças Hereford, A. Angus e Shorthorn naturalmente infectadas com Fasciola hepatica. Distribuíram-se os animais em dois grupos: grupo-controle, com 7,01 ovos por grama de fezes e peso médio de 294,7 kg ± 46,6, e grupo tratado, com 6,68 ovos por grama de fezes e peso médio de 288 kg ± 31,4. A pesquisa teve a duração de 232 dias, sendo, os animais, pesados e coletados bimestralmente. Nessas mesmas datas, o grupo tratado recebia Niclofolan 4% injetável na dose de 2 ml para cada 100 kg de peso vivo. Todos os animais foram abatidos, em frigorífico, 41 dias após a quarta medicação do lote tratado. Foram pesados os fígados, e colhidas as fascíolas. O grupo tratado não apresentou exemplar de F. hepatica, enquanto que o testemunha evidenciou uma média de 23,9 fascíolas/fígado. Ambos os grupos mostraram lesões crônicas e calcificações dos canais hepáticos. Não houve diferenças significativas (P<0,05) no peso das carcaças, no peso dos fígados e no ganho de peso dos grupos. O grupo tratado ganhou, em média, 116,6 kg ± 15,4, e o testemunha, 114,3 kg ± 37,7. Tendo em vista os resultados obtidos, não é econômico o tratamento contra a fasciolose em animais adultos em regime de engorda que já apresentam lesões hepáticas crônicas e irreversíveis.

Palavras-chave


fasciolose crônica; infecção parasitária; calcificação; carcaça

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