Ocorrência de Micorrizas vesicular-arbusculares em agro e ecossistemas do estado de Minas Gerais
Resumo
Avaliou-se a ocorrência de micorrizas vesicular-arbusculares (MVA) em amostras da rizosfera de plantas representativas de diversos agro e ecossistemas localizados em 41 municípios das regiões do Triângulo, Norte e Sul do estado de Minas Gerais. Foram coletadas 165 amostras de solo e raízes das plantas durante o verão. As raízes foram separadas do solo, coradas e utilizadas para determinação da taxa de colonização micorrízica. O solo foi utilizado para extração de esporos dos fungos MVA e para análises químicas. A presença de colonização nas raízes e/ou de esporos no solo foi detectada em todas as amostras. A taxa de colonização micorrízica variou de 0 em uma amostra de eucalipto a 91% em Macroptilium, e a densidade de esporos variou de 0 a 277 por 50 ml de solo. Nos ecossistemas naturais, a colonização média foi de 13%, enquanto em todos os agrossistemas esta foi superior a 38%. A densidade de esporos foi duas vezes superior nos agrossistemas do que nos ecossistemas naturais, onde foram encontradas em média 19 espécies de fungos contra 12 nos agrossistemas. Acaulospora morrowae, A. scrobiculata, A. spinosa, Gigaspora sp, G. pellucida, Glomus etunicatum, G. diaphanum e Entrophospora colombiana foram as espécies predominantes. As espécies A. scrobiculata e A. morrowae foram cerca de duas vezes mais frequentes nos agrossistemas que nos ecossistemas naturais. Em contrastes, todas as outras espécies foram menos frequentes nos agrossistemas que nos ecossistemas naturais. As modificações na composição de espécies parecem refletir as alterações nas características químicas do solo, resultantes das práticas de cultivo, tais como aração, calagem e adubação.
Palavras-chave
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