Variação do regime hídrico em dois solos sob cerrados LVE e LVA em função da cobertura vegetal

Waldo Espinoza, Juscelino A. de Azevedo, A. Eduardo G. dos Reis

Resumo


No ano agrícola 1978/1979, foi realizado um estudo dos solos LVE (Haplustox) e LVA  (Haplustox-Acrustox) com solo nu e as seguintes coberturas vegetais: arroz (Oryza sativa L., cv. IAC-25), milho (Zea mays L., cv. Cargill-111X) e soja (Glycine max L. cv. UFV-1), visando ao conhecimento do regime hídrico dos solos em condições de chuva e seca observado nos Cerrados durante o ciclo vegetativo da cultura. Os resultados indicam que a água disponível do solo na faixa 0,1 - 1,0 bar foi de 11 a 13% (% em peso) no caso do LVE e LVA, respectivamente. Os potenciais matriciais de água no solo na profundidade de 5 até 115 cm variaram entre 0,1 e 0,3 bars durante o período chuvoso e não foram influenciados pela cobertura vegetal. O desenvolvimento das culturas não foi efetuado pelas condições resultantes do alto nível de umidade do solo. Durante o período de seca de 20/2 - 5/3 as máximas variações nos potenciais matriciais foram observadas nos primeiros 5 cm do solo nu, devido a evaporação direta da água do solo. Este efeito foi bem maior no solo LVE que no solo LVA. A extração de água no caso do solo LVE coberto com arroz, milho e soja se estendeu até 45 cm, 60 cm e 115 cm respectivamente, o que explica a maior sensibilidade à seca do arroz e a maior tolerância da soja. A evaporação durante o período da seca foi LVE, arroz = 3,69; LVE, milho = 4,27 e LVE, soja = 5,31 mm/dia. A ordem de extração de água nos primeiros 30 cm de solo (LVF) foi: arroz >soja = milho e abaixo dos 30 cm a extração de água foi: soja>milho>arroz.


Palavras-chave


regime hídrico; oxissolos; Cerrados; evapotranspiração; cobertura vegetal; potencial matricial; irrigação

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