Resposta da vegetação da caatinga a vários níveis de raleamento

Walter H. Schacht, Roberto C. M. Mesquita, John C. Malechek, Robeat D. Kirmse

Resumo


Muito embora o desmatamento da caatinga seja conduzido visando principalmente a abertura de novas áreas para produção de alimentos e para utilização da madeira, sua manipulação está sendo indicada como uma maneira de aumentar a disponibilidade de forragem. A resposta da vegetação da caatinga a vários níveis de desmatamento está sendo estudada em dois experimentos no Centro Nacional de Pesquisa de Caprinos, em Sobral, Ceará. A remoção total da copa das árvores produziu um aumento de seis a oito vezes na produção do estrato herbáceo durante o primeiro ano. Esta mesma intensidade de resposta foi obtida com a manutenção dos níveis da copa das árvores entre 20 e 30% e entre 50 e 60%. A regeneração das espécies cortadas foi rápida, e o nível de cobertura da copa para o tratamento com desmatamento total foi praticamente igual (aproximadamente 95%) ao das áreas não desmatadas (controle) quatro anos após o desmatamento. Como resultado dessa regeneração, a produção de biomassa do estrato herbáceo e a produção de folhas das árvores também foram similares ente os dois tratamentos. O desmatamento não somente favoreceu o estabelecimento de novas plantas, mas também a produção de biomassa originária da regeneração das áreas desmatadas foi cerca de dez vezes superior à produção das árvores da área-controle. A alta produção do estrato herbáceo durante o primeiro ano e a resposta de espécies desejáveis como sabiá (Mimosa caesalpiniaefolia) ao desmatamento indicam que a utilização de um sistema de manipulação seletivo da caatinga pode ser desenvolvido.


Palavras-chave


manejo de caatinga; rebrote; sabiá; Mimosa caesalpiniaefolia

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