Extração de água pelo milho em latossolo da região dos cerrados

Waldo Espinoza

Resumo


Foi conduzido um estudo com cultura de milho (Zea mays L), numa área de Latossolo Vermelho-Escuro, em época seca, visando a estabelecer os principais efeitos da densidade de plantio sobre as características da extração de água. Os resultados indicam que, em todas as camadas comparadas, as densidades mais elevadas, até 80.000 plantas/ha, extraíram, em geral, mais água que a densidade de 20.000 plantas/ha, o que se explica pela maior densidade radicular. A maior parte da água extraída, em ambos os casos, originou-se na camada de 0 – 20 cm. Os fluxos ascendentes e descendentes de água podem ser considerados de pouca importância (0,33 -0,66 mm/dia-1), uma vez que a condutividade hidráulica dos solos de cerrado diminui drasticamente o conteúdo de umidade. Nos primeiros estágios das culturas, a extração de água foi fundamentalmente superficial, correspondendo a até 80%, na camada de 0 - 20 cm. O esgotamento da água na camada de 0 - 60 cm (85 - 90% da água disponível), na época de maior desenvolvimento vegetativo, produzir-se-ia aos oito e treze dias para as densidades de 80.000 e 20.000 plantas/ha, respectivamente, indicando que o fator de densidade de plantio no manejo da cultura pode ser um importante instrumento na mitigação da seca, principalmente durante os períodos de veranico.


Palavras-chave


desenvolvimento radicular; solo-movimento da água; curvas de retenção; densidade de plantio; condutividade hidráulica; evapotranspiração; absorção

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