Preparo de fístula esofágica para recuperação máxima do alimento ingerido
Resumo
Dez novilhos com peso médio de 220kg foram fistulados no esôfago, para se avaliar, por meio das fistulas, a percentagem de recuperação do alimento ingerido. Foi realizado o procedimento cirúrgico usual com uma maior incisão no esôfago, de maneira a obterem-se fístulas variando de 5 a 8 cm de diâmetro. Nos seis primeiros meses após a cirurgia, foram observadas dilatações nas fístulas, que variaram de 1 a 4 cm. O maior problema pós-operatório encontrado foi o vazamento anormal de saliva em seis dos animais. Em quatro destes, o problema foi solucionado ajustando-se os tamanhos das cânulas. Entretanto, nos dois animais que tiveram as fístulas estabelecidas com 8 cm de diâmetro, somente o ajuste não foi suficiente para estancar o vazamento de saliva, fazendo-se necessária nova cirurgia para redução dos diâmetros. A percentagem de recuperação da extrusa foi estimada fornecendo-se aos animais braquiária (Brachiaria decumbens), com duas semanas de rebrota, e capim-elefante (Penrisetum purpureum), após a florarão, durante dez dias cada. A recuperação foi obtida dividindo-se a quantidade de matéria orgânica recuperada na sacola, pela quantidade de matéria orgânica ingerida. A braquiária apresentou uma percentagem de recuperação maior (P < 0,06) do que a de capim-elefante. A percentagem de matéria orgânica recuperada através da fístula foi positivamente correlacionada (r² = 0,96 e P < 0,01) com o diâmetro da fístula. Para obter uma recuperação alta e consistente da forragem ingerida, foi necessária uma fístula com 8 cm de diâmetro.
Palavras-chave
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