Desfolhamento químico da seringueira por termonebulização

Ronaldo Romano, Shipathi Rao, Assiz Ramos de Souza, Antonio Maria Gomes de Castro

Resumo


O desfolhamento químico de plantações de seringueira (Hevea spp.) por volta de um mês antes da estação anual da troca das folhas, como forma de evitar doenças foliares, tem despertado grande interesse no sul da Bahia para controle de Microcyclus ulei e Phytophthora spp. Embora o ideal seja aplicação aérea de desfolhante, a tendência atual é a de substituir os helicópteros por termonebulizadores no tratamento de plantas adultas de seringueira. Dois experimentos de campo foram conduzidos em 1981 com Thidiazuron, um desfolhante de baixa toxicidade aos mamíferos, nebulizado através de emulsão concentrada, com termonebulizador Leco 120-B em um experimento, e com Tifa Tart em outro. Resultados contrastantes foram obtidos nos dois lugares: enquanto se verificou desfolhamento satisfatório no primeiro local, o mesmo tratamento não obteve efeito no outro. No primeiro, o reenfolhamento precoce e mais uniforme, ocasionado pelo bom desfolhamento, auxiliou bastante as plantas a escaparem dos surtos de M. ulei e Phytophthora spp. O efeito contrário obtido pode ser atribuído à fraca nebulização da formulação em diferente grau nos dois lugares. Este trabalho, embora preliminar, mostra que desfolhantes de baixa toxicidade podem ser nebulizados nos locais onde não haja disponibilidade de helicóptero.


Palavras-chave


borracha natural; Microcyclus ulei; Phytophthora spp.; desfolhante

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