Supressão da floração na assimilação, crescimento e nutrição mineral do algodoeiro

José Gomes de Souza, Napoleão Esberard de Macêdo Beltrão, Jorge Vieira da Silva

Resumo


Plantas de algodão herbáceo (Gossypium hirsutum L.r. latifolium Hutch.), cujos botões florais foram regularmente eliminados, foram comparadas aos 88 e 107 dias após a germinação, com plantas com floração normal. Houve aumentos significativos, nas duas épocas, para biomassa da raiz e parte aérea, taxa de assimilação líquida, taxa de crescimento foliar absoluto e relativo, duração da área foliar e potencial fotossintético nas plantas cuja floração foi suprimida. A atividade da invertase e o teor de proteína também aumentaram. A concentração em açúcares solúveis não foi afetada; mas em amido foi aumentada, nas duas épocas, tanto na raiz como na parte aérea. No entanto, mesmo com um aumento no teor em proteína, o teor em N não foi maior, e os teores em P, K, Ca e Mg foram mesmo menores, em virtude de uma maior biomassa. Estes resultados confirmam que a floração e frutificação representam uma modificação importante no metabolismo do algodoeiro e que, nas regiões semiáridas com chuvas irregulares, o ideótipo do algodão deve consistir num desenvolvimento vegetativo suficiente e num sistema radicular vigoroso, e isto só pode ser obtido por uma floração mais prolongada.


Palavras-chave


fotossíntese; biomassa; crescimento radicular; resistência à seca

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