Resposta de doze cultivares de soja ao déficit hídrico num Latossolo Vermelho-Escuro de Cerrados do Distrito Federal II - evapotranspiração e extração de água

Waldo Espinoza

Resumo


Foi conduzido um estudo, sob condições de campo, no Centro de Pesquisa Agropecuária dos Cerrados (CPAC/EMBRAPA), Planaltina, DF, visando determinar as necessidades de água de algumas cultivares de soja (Glycine max (L.) Merrill) bem como observar o comportamento de doze cultivares ou linhagens quanto a sua evapotranspiração e capacidade de extração de água, em dois períodos de déficit hídrico, durante a época seca de 1979 e 1980. As cultivares Doko e Cristalina, quando irrigadas, mostram valores de evapotranspiração acumulada no período vegetativo de 650 e 604 mm, respectivamente. Os coeficientes kc da cultura variaram desde 0,3 no início do desenvolvimento, a 1,0 no máximo desenvolvimento vegetativo e 0,45 no período de maturação fisiológica. Sob condições de déficit hídrico, não foi possível separar as cultivares com relação à capacidade de extração de água. A maior parte das cultivares mostraram, sob déficit hídrico, diminuição drástica da extração de água, 14-17 dias após a última irrigação. Em geral, 80% da água extraída pelas cultivares foi obtida dos primeiros 80 cm, o que explica a maior resistência da soja ao déficit hídrico em comparação ao milho ou arroz. A diminuição da extração de água da cultura parece estar associada aos reduzidos potenciais matriciais observados nas primeiras camadas do solo. Considerando-se que a maior parte da massa radicular (75-85%) se encontra nos primeiros 20 cm de solo, conclui-se que as raízes mais jovens, que, em pequena quantidade, se encontram abaixo dos 40 cm de profundidade, têm uma elevada eficiência de extração de água.

Palavras-chave


desenvolvimento radicular

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