Resistência natural à estreptomicina e eficiência de estirpes de Rhizobium nativas nos cerrados associadas a Stylosanthes

Nadja M. H. Sá, Maria Rita M. L. Scotti, Milton A. T. Vargas, Johanna Dobereiner

Resumo


Foram efetuados isolamentos de Rhizobium sp nativos nos Cerrados, associados a Stylosanthes spp, com o objetivo de estudar a natureza dos fatores que interferem no estabelecimento das estirpes de Rhizobium inoculadas, e de avaliar o potencial de fixação de N2 das estirpes nativas. Dentre 122 estirpes isoladas em solo sob Cerrado cultivado, 35% foram resistentes a concentrações iguais ou superiores a 40 μg/ml, enquanto que apenas 10% dentre 92 estirpes isoladas em solo sob Cerrado virgem apresentaram esse nível de resistência. Esses dados sugerem que modificações ecológicas promovidas pelo cultivo dos Cerrados podem induzir a vantagens competitivas para estirpes de Rhizobium sp. resistentes à estreptomicina. Experimentos conduzidos em vasos Leonard com areia e solução nutritiva esterilizada indicaram que cerca de 61% das estirpes isoladas em S. guianensis var. Canescens e S. grandifolia eram pouco ou moderadamente efetivas no hospedeiro homólogo, enquanto que apenas 14% das estirpes apresentaram um nível elevado de fixação do N2. Esse baixo índice de estirpes eficientes sugere a necessidade de se iniciar um trabalho de seleção de Rhizobium sp. adaptado às condições dos Cerrados, visando a produção de inoculantes de alta qualidade para a região.


Palavras-chave


inoculação; nódulos; fatores bióticos; actinomicetos

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