Antibiose e antixenose entre forrageiras e larvas de carrapato-de-boi
Resumo
As leguminosas Stylosanthes scabra Vog. e Stylosanthes viscosa Sw. e as gramíneas capim-gordura (Melinis minutiflora Beauv.), capim-braquiária (Brachiaria ruziziensis Germain et Evrard) e capim-elefante (Pennisetum purpureum Schum.), cultivadas em casa de vegetação, foram testadas quanto às suas propriedades de antibiose e antixenose com larvas de carrapato-de-boi (Boophilus microplus Canestrini, 1887). Em dois experimentos similares, foram colocadas 100 larvas em cada planta, e os efeitos foram avaliados após 5, 10 e 20 dias de contato larva/forrageira. O capim-gordura, S. viscasa e scabra, espécies dotadas de pêlos epidérmicos glandulares produtores de secreções viscosas, exerceram mecanismos de antixenose (repelência) e de antibiose (provocando a morte ou mantendo as larvas presas às secreções) com as larvas. A redução máxima da população de larvas potencialmente infestantes ocorreu aos 20 dias de contato larva/forrageira. Dentre essas espécies potencialmente úteis ao controle biológico do carrapato, destacou-se o capim-gordura, que reduziu em 95% a população de larvas infestantes. O capim-elefante e o capim-braquiária revelaram pouca ou nenhuma interferência no comportamento das larvas.
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