Alteração pela temperatura da expressão fenotípica da resistência do trigo a Stagonospora nodorum

Wilmar C. da Luz, Gary C. Bergstrom

Resumo


As cultivares de trigo, Triticum aestivum L., Fortuna, Newana e Manitou, antes conhecidas respectivamente como cultivares suscetíveis, moderadamente resistente e resistente à mancha-foliar induzida por Stagonospora nodorum, foram submetidas a regimes de temperatura pós-inoculação de 12, 18, 20, 24 e 28 °C. Em temperaturas de 20°C, a resistência das cultivares foi similar à anteriormente estabelecida. Entretanto, a resistência à Stagonospora nodorum foi marcadamente influenciada pela temperatura de 24°C, e a reação da cultivar Manitou mudou de resistente para suscetível. A resistência moderada de Newana não foi modificada com temperatura de 18 a 28 °C. O mínimo de severidade da doença ocorreu a 12°C, em todos os germoplasmas avaliados. Não houve diferença na percentagem de sintoma foliar, entre a cultivares mantidas a 28°C. O máximo de desenvolvimento da doença e o ximo número de lesões por cm2 foram observados em plantas das cultivares Fortuna e Newana mantidas de 18 até 24°C, e em plantas da cultivar Manitou mantidas á 24°C. O período de incubação foi reduzido de acordo com o aumento de temperatura de 12 a 24°C, em todos os germoplasmas avaliados. Estes dados sugerem que a temperatura pode ser um fator responsável por resultados conflitantes em testes para resistência e pela ausência de resistência durável a Stagonospora nodorum no Brasil.


Palavras-chave


Triticum aestivum; Phaeosphaeria nodorum; mancha-foliar

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