Importância da configuração de plantio e da cultivar de sorgo em consórcio com o algodoeiro herbáceo

Napoleão E. de M. Beltrão, Dirceu J. Vieira, Demóstenes M. P. de Azevêdo, Laudemiro B. da Nóbrega

Resumo


No município de Gurinhém, Paraíba, no ano agrícola de 1983, conduziu-se um experimento com o fim de averiguar a influência da configuração de plantio e da cultivar de sorgo (Sorghum bicolor (L.) Moench) em consórcio com o algodoeiro herbáceo (Gossypium hirsutum L.r. latifolium Hutch.). O solo do local é um vertissolo associado. Utilizou-se um delineamento de blocos ao acaso, com quatro repetições e nove tratamentos, envolvendo três configurações de plantio do consórcio (fileiras alternadas de algodão: sorgo; fileira dupla de algodão: uma de sorgo; e três fileiras de algodão: uma de sorgo), duas cultivares de sorgo (IPA 10, granífera, e ICAPAL, forrageira) e cada uma das cultivares isoladas, inclusive o algodão (cultivar CNPA 2H). Verificou-se que o sistema algodão em fileira dupla (0,75 m x 0,20 m) + uma fileira de sorgo granífero, espaçada 1 m da do algodão, foi o único que se mostrou mais rentável do que o monocultivo de algodão, com índice de uso eficiente da terra de 1,16%, taxa de retorno de 2,39%, e 10,13% de acréscimo na renda líquida. Nenhum dos sistemas consorciados alterou as características tecnológicas da fibra. Observou-se que a cultivar IPA 10 teve um crescimento inicial (até os 50 dias da emergência) maior do que a cultivar ICAPAL, o que foi revelado pelos valores obtidos para altura da planta, diâmetro caulinar, área foliar por planta e índice de área foliar. Já aos 75 dias da emergência, a situação foi invertida.


Palavras-chave


Sorghum bicolor; Gossypium hirsutum

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