Fluxos de nitrogênio em feijoeiro irrigado influenciados pela cobertura morta e a fertilização mineral

Márcia Thaís de Melo Carvalho, Beáta Emöke Madari, Wesley Gabriel de Oliveira Leal, Adriana Rodolfo da Costa, Pedro Luiz Oliveira de Almeida Machado, Pedro Marques da Silveira, José Aloísio Alves Moreira, Alexandre Bryan Heinemann

Resumo


O objetivo deste trabalho foi medir os fluxos de N2O‑N e NH3‑N, ao longo de uma safra de feijoeiro irrigado (Phaseolus vulgaris), influenciados pelo uso ou não de cobertura morta e fertilização mineral. Os fluxos de N2O‑N e NH3‑N foram avaliados em áreas com ou sem cobertura de braquiária (Urochloa ruziziensis) ou fertilização mineral. Os fluxos de N também foram medidos em uma área nativa de Cerrado, a qual serviu como referência. As emissões de N2O‑N and NH3‑N foram positivamente relacionadas ao aumento da umidade e das concentrações de amônio e nitrato na área cultivada, na camada até 0,5 m de profundidade do solo. O conteúdo de C no substrato e a atividade microbiana na camada até 0,1 m de profundidade do solo foram favorecidos pela presença da palhada de braquiária e estiveram relacionadas com maiores emissões de N2O‑N, independentemente da fertilização nitrogenada. Os fatores de emissão (perdas de N a partir do nitrogênio mineral adicionado) para N2O‑N (0,01–0,02%) e NH3‑N (0,3–0,6%) foram menores do que o valor estabelecido pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas. A cobertura com braquiária aumenta a emissão de N2O‑N, independentemente da fertilização com nitrogênio.

Palavras-chave


Cerrado; mudanças climáticas; gás de efeito estufa; óxido nitroso; plantio direto

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