Dano econômico causado pela broca-do-algodoeiro no sul do Brasil

Walter Jorge dos Santos, Andrew Paul Gutierrez, Marina Angela Pizzamiglio

Resumo


Os danos causados pela broca-do-algodoeiro, Eutinobothurs brasiliensis apresentam uma distribuição estratificada, da bordadura para o centro da área cultivada. Estes danos foram consideravelmente maiores nas bordaduras do que nas áreas centrais. O estudo serviu também para documentar o comportamento da broca durante o período em que ela migra para as áreas cultivadas com algodoeiro. Os resultados confirmam que as faixas com altos níveis de infestação são as próximas aos locais onde a broca passa o período da entressafra, ou seja, áreas com vegetação permanente e relativamente úmidas. Os primeiros plantios apresentaram os maiores níveis de infestação, frequentemente atingindo 70% de mortalidade de plantas. Em blocos plantados mais tarde, observou-se uma redução ao redor de 20% na mortalidade do plantas, para cada dez dias em que se prorrogou o plantio. Os estudos sugerem que este inseto pode ser controlado através de aplicações de inseticida nas bordaduras. Este procedimento eliminaria a necessidade de se aplicar tratamento químico em toda a área. Este trabalho sugere, também, que densidade de plantio com nove a dez plantas por m contribuiria para reduzir o impacto deste inseto - praga na produção de algodão. Avaliou-se a relação entre a mortalidade de plantas e a perda na produção, assim como o dano econômico.


Palavras-chave


fenologia; amostragem; controle químico

Texto completo:

PDF (English)


Embrapa Sede, Superintendência de Comunicação,
Parque Estação Biológica - PqEB - Av. W3 Norte (final) Caixa Postal 040315 - Brasília, DF - Brasil - 70770-901
Fone: +55 (61) 3448-2461