Modelo não-linear aplicado ao estudo da interação de genótipos x ambientes em milho

Lázaro José Chaves, Roland Vencovsky, Isaias Olívio Geraldi

Resumo


Na hipótese de que os efeitos de ambientes sobre os genótipos, na manifestação fenotípica de um caráter, se dá de forma multiplicativa, foi estudado um modelo não-linear, que é multiplicativo apenas em seus parâmetros genético e ambiental. Dados de produtividade de espigas de milho (Zea mays L.) foram utilizados para verificar a possível adequação do modelo não-linear. Verificou-se que: (1): ambientes favoráveis, em que a média do caráter é maior, propiciam melhor discriminação entre os genótipos ou cultivares; (2): nas análises conjuntas usuais, a soma de quadrados de uma interação fica dependente da dos efeitos principais envolvidos; (3): o ajuste de médias de tratamentos de diferentes ensaios, onde apenas algumas testemunhas são comuns a todos eles, deve ser feito por fatores multiplicativos, e não, aditivos; (4): o coeficiente de regressão linear, comumente empregado na análise da estabilidade de cultivares, passa a ser positivamente correlacionado com a média geral das cultivares. As análises de 64 ensaios de milho indicaram que: (1) o modelo multiplicativo teve eficiência igual ou superior ao modelo linear; (2): o efeito multiplicativo dos ambientes sobre os genótipos foi responsável, em média, por 11,1% da interação de genótipos com ambientes, variando de 10.2% a 16,8%.


Palavras-chave


modelo multiplicativo; estabilidade

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