Efeito da avermectina-B1 (MK-936) sobre o desenvolvimento larval de Chrysoperla externa (Hagen) (Neuroptera; Chrysopidae)

Maria José Ribeiro, José Claret Matioli, César Freire Carvalho

Resumo


Considerando-se a importância dos crisopídeos como predadores de ovos de pragas agrícolas e para se determinar preliminarmente a viabilidade da utilização do inseticida avermectina-B1 (MK-936) em programas de manejo de pragas, foram conduzidos estudos de laboratório para se conhecer as interações entre diferentes dosagens do produto e o desenvolvimento pré-imaginal de Chrysoperla externa. Os resultados obtidos e interpretados estatisticamente indicaram que, embora existindo uma regressão linear negativa entre dosagens crescentes do produto e a sobrevivência larval do predador, não foi constatada ação ovicida ou deletéria do inseticida sobre os estágios larvais do inseto, principalmente em dosagens de 0,1 - 0,4 ml/l. O inseticida aplicado diretamente nos ovos reduziu o seu período de incubação e afetou a duração dos instares, embora os insetos apresentassem desenvolvimento normal. Dosagens superiores a 0,4 ml/l aplicadas em ovos reduziram a sobrevivência larval, com mortalidade acentuada no terceiro instar. Avermectina-B1 acima de 0,4 ml/l e os inseticidas malathion, diethion e fenthion apresentaram ação de contacto sobre o predador, tendo os três últimos eliminado 100% das larvas neonatas. Evidenciou-se que avermectina-B1 (MK-936) nas dosagens de 0,1 - 0,4 ml/l não afetava significativamente as fases imaturas de C. externa, podendo ser utilizado em programas de manejo de pragas, em áreas onde existam populações do predador em seu período pré-imaginal.


Palavras-chave


Lactonas; crisopídeos; seletividade; ovicida; inseticida

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