Diversidade morfológica e molecular entre genótipos de mandioca
Resumo
O objetivo deste trabalho foi caracterizar, morfológica e molecularmente, a diversidade genética de acessos de mandioca de diferentes regiões do Brasil. Realizou-se a análise descritiva de 12 características morfológicas em 419 acessos. Os dados foram transformados em dados binários para análise de agrupamento e análise de variância molecular. Observou-se maior proporção (71%) de cor branca ou creme do córtex da raiz, enquanto as cores da polpa foram predominantemente branca (49%) e creme (42%). Quatro grupos de acessos foram classificados pela análise de agrupamento, mas não foram agrupados de acordo com sua origem, o que indica que a diversidade não está estruturada no espaço. A maior parte da variação ocorreu dentro das populações (95,6%). Sessenta genótipos também foram avaliados com o uso de 14 marcadores microssatélites polimórficos. Os resultados moleculares corroboraram os morfológicos e mostraram a mesma distribuição aleatória dos genótipos, com ausência de agrupamento quanto ao local de origem. Os índices de diversidade foram elevados para cada região e a maior parte da diversidade foi observada dentro de regiões, com: número médio de alelos por loco de 3,530; heterozigosidade média observada de 0,499 e esperada de 0,642; e índice de Shannon de 1,03. A ausência de estrutura espacial entre os genótipos de mandioca de acordo com suas origens mostra a influência antrópica na distribuição e movimentação de germoplasma, tanto entre como dentro de regiões.
Palavras-chave
Manihot esculenta; diversidade genética; germoplasma; microssatélites; caracteres morfológicos
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