Algumas consequências da presença do bicudo-do-algodoeiro na região infestada de Campinas e Sorocaba, Estado de São Paulo, na safra 83/84

Clayton Campanhola, Dial Franklin Martin, Salomão Schattan

Resumo


Objetivou-se avaliar a área cultivada com algodoeiro, a produção e as perdas causadas pelo bicudo-do-algodoeiro (Anthonomus grandis Boheman, 1843) e outras pragas de estruturas produtivas, na região infestada do Estado de São Paulo, bem como detalhes do controle utilizado pelos agricultores contra o bicudo, durante a safra 83/84. Para isso, conduziu-se um levantamento em uma amostra de propriedades em municípios infestados por essa praga. Observou-se que nas DIRAs de Campinas e Sorocaba houve um decréscimo de 19,9% e 32,9%, respectivamente, na área plantada com algodão na safra 83/84 em relação à safra anterior. Na safra 83/84, embora tenha havido maior incidência da praga, houve um aumento de produtividade de algodão de 26,8% e 29,9% nas DIRAs de Campinas e Sorocaba, respectivamente, em relação à safra 82/83. O número de pulverizações com inseticidas se elevou de 2,8 a 4,1, em média, de 82/83 para 83/84. Os inseticidas mais utilizados, em ordem decrescente, foram: methyl parathion, endosulfan, endrin e monocrotophos. As propriedades com maiores danos de bicudo nas DIRAs de Campinas e Sorocaba, dentro da amostra estudada, apresentaram decréscimos na produção de, respectivamente, 4,7% e 6,6%. Na safra 83/84 o bicudo foi mais prejudicial que lagarta-rosada, praga de expressão na região.

 


Palavras-chave


Anthonomus grandis; levantamento; perdas; importância; custos de pulverizações

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