Aspectos metodológicos em estudos de digestão ruminal. I. Efeito da frequência de alimentação

Manuel Enrique Ruiz Paz, Luiz Roberto Lopes de São Thiago

Resumo


Realizaram-se dois experimentos para verificar o efeito de várias frequências de alimentação no consumo de matéria seca (MS), conteúdo ruminal, tempo aparente de retenção ruminal da fibra detergente neutro (rFDN) e na digestibilidade in situ em 48 h da MS (DISMS). Experimento 1: 3 novilhos fistulados no rumen receberam uma ração de feno de braquiária (Brachiaria decumbens), guandu fresco (Cajanus cajan) e panícula de sorgo moído; foram testados 6 tratamentos em um delineamento não balanceado: a) Alimentação a cada hora, b) a cada 3 h, c) a cada 6 h, d) a cada 12 h, e) a cada 3 h, das 6:00 horas até as 21:00 horas, quando receberam o restante da ração, f) a cada 3 h, das 6:00 horas até as 18:00, quando receberam o restante da ração. Experimento 2: utilizaram-se 6 novilhos e 2 tratamentos: Alimentação a cada hora vs. alimentação a cada 6 h, num delineamento de reversão dupla. A ração consistiu de ponta de cana, guandu e milho com palha e sabugo. As médias para consumo de MS (kg/100 kg PV/dia), conteúdo ruminal (kg MS/100 kg PV), rFDN (h), DISMS do feno de braquiária (%) e DISMS do guandu (%) foram: 1,93; 1,76; 23,8; 66,0 e 63,1, respectivamente. No experimento 2, as médias para consumo de MS, conteúdo ruminal, rFDN e DISMS do guandu, foram: 1,76; 1,79; 37,6 e 53,4; respectivamente. Não se apresentaram diferenças significativas devidas aos tratamentos. Concluiu-se que a frequência de alimentação não é de importância para o estudo da digestão ruminal.

 


Palavras-chave


novilhos; consumo de alimento; conteúdo ruminal; digestibilidade in situ; tempo de retenção ruminal

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