Biologia de Diatraea saccharalis em diferentes temperaturas

Alexandre Brito P. de Melo, José Roberto P. Parra

Resumo


A biologia de Diatraea saccharalis (Fabricius 1794) (Lepidoptera, Pyralidae) foi estudada em dieta artificial, em cinco temperaturas constantes (20°C, 22°C, 25°C, 30°C e 32°C), visando fornecer subsídios para a criação massal em condições de laboratório. As durações do período de incubação e da fase larval foram decrescentes com a elevação térmica, sendo que houve um encurtamento da fase pupal, para ambos os sexos, com o aumento de temperatura na faixa de 20°C a 30°C. A temperatura afetou o número de ínstares; as lagartas mantidas a 20°C e 22°C apresentaram sempre seis ínstares e aquelas criadas a 25°C, 30°C e 32°C, 5 ou 6 ínstares. O peso de pupas, de ambos os sexos, foi menor a 32°C, sendo que em todas as temperaturas as pupas que deram origem a fêmeas foram mais pesadas do que aquelas que originaram machos. A longevidade de adultos foi decrescente com o aumento da temperatura na faixa de 20°C a 30°C, sendo que em todas as condições experimentais as fêmeas viveram mais do que os machos. A temperatura não afetou o período de pré-oviposição, sendo que o número de posturas diminuiu com a elevação térmica. A temperatura de 20°C foi a mais adequada para oviposição sendo que a maior percentagem de postura ocorreu entre o primeiro e quarto dias. O ciclo total do inseto decresceu com o incremento térmico, sendo a maior % de sobrevivência a 30°C. A temperatura de 30°C foi a mais adequada para a manutenção de ovos, lagartas e pupas de D. saccharalis, sendo a de 32°C prejudicial ao normal desenvolvimento do inseto.

 


Palavras-chave


Diatraea saccharalis; técnicas de criação; broca da cana-de-açúcar

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