Nutrição mineral de bovinos de corte do Pantanal Mato-grossense. 2. Micronutrientes na Nhecolândia (parte central).

Edison Beno Pott, Iraja Louireiro de Almeida, Paulo Rabenschlag de Baum, José Aníbal Comastri Filho, Arnildo Pott, José Flávio Dynia

Resumo


Relatam-se resultados de análises de solos, água e gramíneas nativas, coletadas em nov/79, mai/80 e ago/80, e de fígado de bovinos, nessas épocas e em fev/80, na sub-região de Nhecolândia, do Pantanal Mato-grossense. Solos e gramíneas foram coletados em cinco unidades de paisagem: mata, cerrado, caronal, campo limpo e lagoa. No solo, Co variou de 0,09 a 0,20 ppm; Fe, de 84 a 280 ppm; Mn, de 5 a 116 ppm; Mo, de 0.06 a 0.13 ppm; Zn, de 0,2 a 1,6 ppm; foram registrados somente traços de Cu. Na água, somente o Fe nas "baias" (lagoas de água doce) apresentou importância nutricional para bovinos, com até 1,9 mg/l. Nas gramíneas, Cu variou de 1.0 a 14,9 ppm; Fe, de 44 a 3844 ppm; Mn, de 82 a 2563 ppm; e Zn, de 3 a 24 ppm. No fígado, Cu variou de 68 a 700 ppm; Fe, de 69 a 3432 ppm; Mn, de 6 a 174 ppm; Zn, de 3 a 612 ppm; Co e Mo (analisados somente em nov/79) variaram de 0,6 a 1,8 ppm e 1,2 a 3,1 ppm, respectivamente. Os resultados sugerem a possibilidade de ocorrência de toxidez de ferro e manganês, durante/após o período de inundação, e de deficiências de cobre e zinco, em determinadas épocas, na sub-região abrangida.


Palavras-chave


deficiências minerais; toxidez; suplementação mineral; pastagens nativas; cobalto; cobre; ferro; manganês; molibdênio; zinco.

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