Análise físico‑química do óleo‑resina e variabilidade genética de copaíba na Floresta Nacional do Tapajós

Ederly Santos Silva, Caroline de Souza Mathias, Milena Campelo Freitas de Lima, Valdir Florêncio da Veiga Junior, Doriane Picanço Rodrigues, Charles Roland Clement

Resumo


O objetivo deste trabalho foi caracterizar o óleo‑resina da copaíba (Copaifera reticulata) e estimar, por meio de marcadores microssatélites, a variabilidade genética da espécie na Floresta Nacional do Tapajós,  PA. A amostragem foi realizada em duas áreas, distanciadas de 5 km, em 136 árvores. A diversidade genética foi avaliada com seis marcadores microssatélites derivados de C. langsdorffii, e o óleo obtido de 30 árvores (15 de cada área) foi caracterizado em termos físicos e químicos. O óleo C. reticulata apresenta aspecto líquido, fino, odor fraco e de coloração amarelo‑dourada (73,3% das plantas), com viscosidade muito variável (18 a 187 Pa‑s) e densidade média de 0,975±0,049 g cm-3. O índice de acidez variou de 9,62 a 10,17 mg g-1 de KOH e o de saponificação de 100,63 a 109,84 mg g-1. A análise molecular identificou 78 alelos, com média de 13 por loco. A heterozigosidade esperada variou 0,59 a 0,85 (média de 0,75), com nível de endogamia de 0,375 a 0,419. Houve pouca diferenciação genética entre as populações das diferentes áreas de coleta (FST = 0,030), mas a variabilidade foi maior entre os grupos genéticos detectados pelo programa Structure (FST = 0,070). Essa maior variabilidade indica que não há ameaças à conservação genética da copaíba, em médio prazo.

Palavras-chave


Copaifera reticulata; conservação in situ; endogamia; estrutura genética; manejo extrativista; variabilidade físico‑química

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