Caracterização eletroforética de proteínas e estabilidade do leite em vacas submetidas à restrição alimentar

Rosângela Silveira Barbosa, Vivian Fischer, Maria Edi Rocha Ribeiro, Maira Balbinotti Zanela, Marcelo Tempel Stumpf, Giovani Jacob Kolling, Jorge Schafhäuser Júnior, Luis Eduardo Barros, Antônio Sílvio do Egito

Resumo


O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos da restrição alimentar sobre a produção de leite bovino e sobre seu perfil eletroforético de proteínas, bem como relacioná‑los à estabilidade do leite pelo teste do álcool. Foram conduzidos dois experimentos com vacas Jersey: no primeiro, avaliou-se o efeito da redução de 40% na alimentação fornecida a vacas semiconfinadas; no segundo, avaliou-se o efeito da restrição de 30% do conteúdo de nutrientes digestíveis totais na alimentação de vacas confinadas. As frações proteicas foram determinadas por eletroforese, e sua quantificação por meio de análises de imagens. As amostras de leite foram classificadas conforme estabilidade no teste do álcool a 72°GL. A restrição alimentar de 40% a vacas semiconfinadas reduziu a produção de leite, mas não alterou a composição de proteínas lácteas e a estabilidade do leite; neste caso, o leite instável apresentou maiores teores de β‑caseína e de proteínas totais, porém menor proporção de κ‑caseína em comparação ao leite estável. A restrição de 30% do aporte energético a vacas confinadas não reduziu a produção leiteira, porém diminuiu a percentagem de albumina sérica bovina e a estabilidade no teste do álcool; neste caso, o leite instável e o estável não diferiram quanto às proteínas lácteas.


Palavras-chave


β‑caseína; κ‑caseína; confinamento; eletroforese; leite instável não ácido; teste do álcool

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