Eficiência simbiótica de estirpes de Cupriavidus necator tolerantes a zinco, cádmio, cobre e chumbo

Paulo Avelar Ferreira, Cleide Aparecida Bomfeti, Romildo da Silva Júnior, Bruno Lima Soares, Cláudio Roberto Fonseca Sousa Soares, Fatima Maria de Souza Moreira

Resumo


O objetivo deste trabalho foi avaliar a tolerância de estirpes de <i>Cupriavidus necator</i> a zinco, cádmio, cobre e chumbo, além de determinar a eficiência simbiótica das estirpes mais tolerantes em associação a espécies leguminosas com potencial para revegetação. A tolerância foi testada em meio LB, suplementado com 2,5; 5,0; 7,5; 10; 12,5 e 15 mmol L‑1 de ZnSO4.7H2O, CdSO4.8H2O, CuSO4.5H2O e PbCl2, respectivamente, em comparação ao controle sem adição de metal. Determinou-se a eficiência simbiótica das quatro estirpes de C. necator mais tolerantes aos metais avaliados (UFLA02‑71, UFLA02‑73, UFLA01‑659 e UFLA01‑663), as quais foram inoculadas nas espécies: Leucaena leucocephala, Enterolobium contortisiliquum, Acacia mangium, Mimosa caesalpiniifolia, M. pudica, M. pigra e M. acutistipula. Em vasos com solos, avaliaramse L. leucocephala, M. pudica e M. caesalpiniifolia e as estirpes UFLA01‑659 e UFLA02‑71, selecionadas na avaliação de eficiência simbiótica. A estirpe UFLA02‑71 proporcionou incrementos de matéria seca da parte aérea de 870% em M. caesalpiniifolia, enquanto que UFLA01‑659 proporcionou 885% em M. pudica e 924% em L. leucocephala. As estirpes UFLA01‑659 e UFLA02‑71, além da alta tolerância a metais pesados, apresentaram eficiência em fixar nitrogênio, em simbiose com essas leguminosas, em solos com rizóbios nativos capazes de nodulá‑las, e devem ser avaliadas quanto ao seu potencial de utilização em programas de recuperação de áreas degradadas.


Palavras-chave


áreas degradadas; β‑proteobactéria; fixação biológica de nitrogênio; metais pesados; revegetação.

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