Desempenho produtivo e respostas fisiopatológicas de tambaquis alimentados com ração suplementada com β‑glucano

Edsandra Campos Chagas, Fabiana Pilarski, Róberson Sakabe, Flávio Ruas de Moraes

Resumo


O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do imunoestimulante β‑glucano na dieta do tambaqui (Colossoma macropomum) sobre o desempenho produtivo, as respostas fisiológicas e imunológicas, e a resistência ao desafio com Aeromonas hydrophila. O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado, em arranjo fatorial 5x2, com cinco níveis de β‑glucano na dieta (0, 0,1, 0,2, 0,4 e 0,8%) e dois tempos de amostragem (antes e após o desafio com A. hydrophila), com três repetições. Os peixes (28,65±0,49 g; 12,14±0,07 cm) foram alimentados, por 60 dias, com dieta (28% de proteína bruta) suplementada com preparação comercial de β‑glucano. Após o período de alimentação, avaliou-se o desempenho produtivo, e os peixes foram desafiados com A. hydrophila. Os parâmetros hematológicos e imunológicos (concentração e atividade de lisozima) foram avaliados antes e após o desafio bacteriano. Após o desafio bacteriano, observou-se a ocorrência de anemia normocítica‑normocrômica. A suplementação com β‑glucano não alterou a concentração nem a atividade da lisozima; porém, a menor concentração de β‑glucano (0,1%) favoreceu maior sobrevivência para a espécie quando desafiada com Aeromonas hydrophila. A suplementação de β‑glucano não exerce influência sobre o desempenho produtivo e nem sobre os parâmetros hematológicos do tambaqui.


Palavras-chave


Aeromonas hydrophila; Colossoma macropomum; imunoestimulantes

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