Fluxo gênico recíproco entre cultivares de soja convencional e geneticamente modificada

Welison Andrade Pereira, Filipe Luis Sávio, Denise Cunha Fernandes dos Santos Dias, Cosme Damião Cruz, Aluízio Borém

Resumo


O objetivo deste trabalho foi determinar o fluxo gênico recíproco entre duas cultivares de soja, uma tolerante e outra sensível ao glifosato, além de aplicar estimadores para determinar a taxa de fecundação cruzada na população e o número de sementes híbridas na progênie. O experimento compôs-se de quatro blocos com 40 fileiras de soja, com 20 fileiras de cada cultivar (CD217 e CD219RR). No estádio R8, cinco fileiras, distantes 0,5, 1, 2, 4 e 8 m da cultivar adjacente, foram colhidas, trilhadas e analisadas quanto à ocorrência de fluxo gênico. Como características marcadoras, foram utilizadas as cores da flor, hipocótilo e pubescência, e a tolerância ao glifosato. As cultivares contrastam quanto às características analisadas, cada uma condicionada por um gene com dois alelos, em interação de dominância completa. Na progênie da cultivar tolerante, a maior taxa de híbridos encontrada foi 0,27% e, na progênie da cultivar sensível, identificou-se 0,83%; pela hipótese do efeito diluição, as taxas de hibridação natural populacional seriam 0,104 e
0,388%, respectivamente. O fluxo gênico recíproco entre as cultivares CD217 e CD219RR não é o mesmo em ambas as direções. Os estimadores propostos são úteis para determinar a taxa de híbridos em amostras de sementes.

Palavras-chave


Glycine max; fecundação cruzada; tolerância ao glifosato; OGM

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