Mudanças no perfil de isoflavonas e na composição química de 'tempeh' durante o processamento e a refrigeração

Márcia Pires Ferreira, Maria Cristina Neves de Oliveira, José Marcos Gontijo Mandarino, Josemeyre Bonifácio da Silva, Elza Iouko Ida, Mercedes Concórdia Carrão-Panizzi

Resumo


O objetivo deste trabalho foi analisar mudanças no perfil de isoflavonas, determinado por meio de cromatografia líquida de alta eficiência, em diferentes estágios do processamento e após refrigeração de 'tempeh'. Para a produção do 'tempeh', grãos de soja limpos das cultivares BR 36 (baixo teor de isoflavonas) e IAS 5 (alto teor) foram descascados, e os cotilédones foram hidratados e, em seguida, cozidos por 30 min em água fervente. Em seguida, esporos do fungo Rhizopus microsporus var. oligosporus foram inoculados nos cotilédones cozidos e resfriados, e incubados a 32ºC por 6, 12, 18 e 24 horas em sacos perfurados de polipropileno, para fermentação. O 'tempeh' resultante foi refrigerado por 6, 12, 18 e 24 horas. Após 24 horas de fermentação, os teores de glicosídeos de isoflavonas reduziram-se em 50%, e os das formas agliconas aumentaram, em ambas as cultivares. Após o cozimento, as formas malonil reduziram-se em 83%. A refrigeração por menos de 24 horas não afetou o perfil de isoflavonas no 'tempeh' das duas cultivares, o que é um bom indicador de sua qualidade. O 'tempeh' mantém os altos e baixos conteúdos de isoflavonas das cultivares, o que indica que as diferenças entre cultivares, para esta característica, devem ser consideradas durante o processamento de 'tempeh'.


Palavras-chave


Rhizopus microsporus var. oligosporus; aglicona; fermentação; alimento funcional; cromatografia líquida de alta eficiência; malonil

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