Mapeamento de QTL quanto ao conteúdo de proteína em soja cultivada em dois ambientes tropicais
Resumo
Os objetivos deste trabalho foram detectar QTL relativos ao conteúdo de proteína, em soja cultivada em dois ambientes tropicais divergentes, e construir um mapa genético para o conteúdo de proteína em genótipos adaptados a condições tropicais. Foram usadas 118 linhagens recombinantes endogâmicas de soja, obtidas do cruzamento entre as cultivares BARC 8 e Garimpo. A população de linhagens recombinantes endogâmicas foi cultivada em dois ambientes contrastantes: Cascavel, PR, e Viçosa, MG (24º57'S, 53º27'W; e 20º45'S, 42º52'W, respectivamente). Sessenta e seis pares de iniciadores SSR e 65 iniciadores RAPD apresentaram fragmentos polimórficos que segregaram à proporção de 1:1. Foram obtidos 30 grupos de ligação pouco saturados, com 90 marcadores, além de 41 marcas não ligadas. Para as famílias cultivadas em Cascavel, três QTL foram mapeados nos grupos de ligação C2, E, e N, que explicaram 14,37, 10,31 e 7,34% da variação fenotípica do conteúdo de proteína, respectivamente. Para as famílias cultivadas em Viçosa, dois QTL foram mapeados nos grupos de ligação G e #1, que explicaram 9,51 e 7,34% da variação fenotípica do conteúdo de proteína. Com base na média dos dois ambientes, dois QTL foram identificados: um no grupo de ligação E (9,90%) e outro no grupo L (7,11%). Genótipos com maior estabilidade devem ser uados em trabalhos futuros, para a detecção de QTL com efeitos consistentes, em diferentes ambientes.
Palavras-chave
<i>Glycine max</i>; mapa de ligação; marcador molecular; linhagem recombinante endogâmica; locos de características quantitativas
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