Parasitofauna no híbrido tambacu de pisciculturas

Ronilson Macedo Silva, Marcos Tavares-Dias, Maycon Willian Reis Dias, Márcia Kelly Reis Dias, Renata das Graças Barbosa Marinho

Resumo


O objetivo deste trabalho foi avaliar a parasitofauna de tambacu (Colossoma macropomum x Piaractus mesopotamicus) de pisciculturas e a relação parasito‑hospedeiro. Cento e catorze peixes foram coletados de quatro pisciculturas de Macapá, AP, 80,7% dos quais estavam infectados por: Ichthyophthirius multifiliis (Ciliophora); Piscinoodinium pillulare (Dinoflagellida); Anacanthorus spatulatus, Notozothecium janauachensis e Mymarothecium viatorum (Monogenoidea); Neoechinorhynchus buttnerae (Acanthocephala), Cucullanus colossomi (Nematoda); Perulernaea gamitanae (Lernaeidae); e larvas de Proteocephalidae (Cestoda). Um total de 8.136.252 parasitos foram coletados dos peixes examinados. Esse é o primeiro registro de N. buttnerae, C. colossomi, N. janauachensis, M. viatorum e Proteocephalidae para híbridos tambacu no Brasil. Ichtyophthirius multifiliis foi o parasito mais prevalente, enquanto os endohelmintos, os menos. Observou-se correlação positiva entre número de I. multifiliis e comprimento total e peso corporal dos peixes, bem como entre número de P. gamitanae e comprimento total. A infeção por I. multifiliis mostrou associação com o parasitismo por Monogenoidea. A baixa qualidade da água contribui para o alto parasitismo do hibrido tambacu por ectoparasitas, que, no entanto, não influi no fator de condição relativo dos peixes.


Palavras-chave


Colossoma macropomum; Ichthyophthirius multifiliis; Piaractus mesopotamicus; ectoparasita; peixe nativo; relação parasito‑hospedeiro

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