O "SISTEMA DE CONVIVÊNCIA" COMO PROCESSO DE TRABALHO EXTENSIONISTA

CARLOS PONCIANO BARROS CAVALCANTI, MAURO MÁRCIO OLIVEIRA

Resumo


Os autores propõem uma alternativa de processo de trabalho a ser adotado pela extensão rural. Fundamentam-se em experiências desenvolvidas em algumas Regiões Administrativas das EMATER's, ou sob coordenação geral e supervisão da EMBRATER, onde trabalham. Alguns parâmetros filosóficos são estabelecidos: maior integração do técnico com os produtores, ampliação de interesses comuns, prática de mecanismos de participação, opção por um processo de comunicação horizontalizado e intercâmbio de informações entre técnicos e agricultores. Adotam um conceito operacional de comunidade e apresentam uma conceituação para o que denominam de grupos naturais; esclarecem como delimitar as comunidades rurais e identificar os grupos naturais. Esses grupos passam a constituir a unidade básica da ação extensionista, mediante o processo que denominam de "convivência". Essa convivência é considerada o requisito essencial para a "troca" de experiências entre técnicos e produtores, levando-os, no dia-a-dia a definir prioridades, avaliar resultados, reprogramar as ações, etc. Propõem alguns instrumentos que facilitam essa convivência e sugerem o conhecimento, mediante diálogo, da situação dos produtores rurais.

THE "CO-EXISTENCE SYSTEM" AS AN EXTENSION WORK PROCESS

Abstract

The authors propose a new educational process as an alternative to be adopted by Rural Extension Agencies, based on experiences being implemented in some Administrative Regions of the EMATER and under supervision of EMBRATER, where they work. A few parameters have been established: more integration among farmers and technicians, increasing common concerns using participatory mechanisms, option for a process of horizontal communication, and interchanging information. They adopt an operational concept of community and present the concept of natural groups. They make clear how to delimitate rural communities and identify natural groups. These groups are seen as the basic unit to be contacted by extension agents through a process which they call "co-existence". "Coexistence" is then considered the essential requisite to the interchange of experiences among farmers and technicians. They also propose how to profit from this interchange and some instruments to organize the extension agents in their daily contact with farmers.


Texto completo:

PDF


DOI: http://dx.doi.org/10.35977/0104-1096.cct1984.v1.9280